quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Divagações


O seu canto silencioso,
Quase murmurado cala fundo,
Sinto vontade de te abraçar,
Penso em me aproximar,
Mas sei que devo me afastar,
Por culpa de um destino em desatino,
Parto no meio da chuva,
Andarei até o véu da noite me cobrir,
O verão me sufoca,
Percebo o peso de uma mão invisível,
A opressão cai sem fazer barulho,
Encontra eco na chuva que apazigua,
A noite partirá e outro dia nascerá,
Neste momento fecho os olhos,
A realidade não está aqui,
A fuga por desejo,
A morte em um sacolejo,
As mãos em forma de penitência,
O baque surdo de um corpo,
A alma liberta, o açoite sem piedade,
O nada por recompensa,
Depois da desordem outra ordem,
E assim começava outra vez o fim.

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