quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Bem velhinhos,




Ele a encontrou na infância.
Perdeu-a na mocidade. 
Mas, a recuperou na idade madura e, depois de um tempo, tornou a 
perdê-la.

Outra vez a encontrou na velhice.
Porém, a amou em todas as idades.
Acreditava que bem antes de se conhecerem, já a amava, talvez antes mesmo de nascerem.

Com ela sonhava, noites adentro, seu rosto imaginava, o gosto do seu beijo sentia e o teu amor desejava.

A vida pregou peças,
o dia se foi e a noite chegou.
As linhas de expressão do seu rosto aumentaram, e em sua face restou apenas o mistério da dor.

Do sorriso fácil veio a dúvida e a tristeza no coração. 
O choro, fruto da saudade só aumentou, até secar.

Como uma necessidade de ter;
Uma fome a saciar;
Um caminho a percorrer;
Uma vitória a conquistar.

O tempo de escola ficou para trás, o exército também. 
A medicina foi sua amiga, deu a ele carinho e alguns passatempos.

Uma vida sem companhia.
Uma história sem final feliz.
O suspiro e o aperto de mão.
E no peito, apenas meio coração.

Bem velhinho.
Na porta de um hospital,
Ele a encontrou de novo,
Ela não o reconheceu.

Na sua mente,
Um filme,
Uma dor aguda,
Lembranças.

Perguntas: Como teria sido a vida com ela?
Quais teriam sido seus passeios?
Como teriam sido seus filhos?
Negação e o adeus.

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