Ele a encontrou na infância.
Perdeu-a na mocidade.
Mas, a recuperou na idade madura e, depois de um tempo, tornou a
perdê-la.
Outra vez a encontrou na
velhice.
Porém, a amou em todas as idades.
Acreditava que bem antes de se conhecerem, já a amava, talvez antes mesmo de
nascerem.
Com ela sonhava, noites adentro, seu rosto imaginava, o gosto do seu beijo
sentia e o teu amor desejava.
A vida pregou peças,
o dia se foi e a noite chegou.
As linhas de expressão do seu rosto aumentaram, e em sua face restou apenas o
mistério da dor.
Do sorriso fácil veio a dúvida e a tristeza no coração.
O choro, fruto da saudade só aumentou, até secar.
Como uma necessidade de ter;
Uma fome a saciar;
Um caminho a percorrer;
Uma vitória a conquistar.
O tempo de escola ficou para trás, o exército também.
A medicina foi sua amiga,
deu a ele carinho e alguns passatempos.
Uma vida sem companhia.
Uma história sem final feliz.
O suspiro e o aperto de mão.
E no peito, apenas meio coração.
Bem velhinho.
Na porta de um hospital,
Ele a encontrou de novo,
Ela não o reconheceu.
Na sua mente,
Um filme,
Uma dor aguda,
Lembranças.
Perguntas: Como teria sido a vida com ela?
Quais teriam sido seus passeios?
Como teriam sido seus filhos?
Negação e o adeus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado. Fica com Deus.