sexta-feira, 19 de junho de 2009

Dor que se sente só.


Ah! Se pudéssemos ouvir o vento em vez de se concentrar só no real e frio material.


Certamente amaríamos muito mais as pessoas e com muito mais intensidade se interessaríamos por suas vidas.


A nostalgia bate no peito quando se recebe uma batida do destino que não podemos agradecer como gostaríamos.


Sinto falta da espontaneidade que não mais tenho.


Acredito que as palavras doces combinam muito mais com sua voz baixa do que com outra coisa que o tempo levou e trancou em um baú grande e muito fundo para que os meus braços alcance.


O que eu sinto mais é que essa inquietação não passa, por mais que os meus lábios possam sorrir e o meu coração esteja em paz, sinto falta do calor do teu corpo que se incediava quando brincávamos a luz da lua em uma casa que já nem existe mais.


Foi ali que baixinho eu disse que estava para ficar, que jamais seria um ladrão que atacou a noite e que pela manhã tudo deixo bagunçado e solitário.


Logo eu que pretendia encher de cores sua vida fui torna a minha sem sentido.


À volta em torno da lagoa que planejávamos não foi e não vai mais ser possível.


Na minha face cansada e marcada por fundo sulcos se encontra a tristeza estampada.


Vai com Deus meu amor, não me entra na lógica que devo te deixar neste solo frio e tão longe de onde nós fizemos o nosso ninho de amor, mas se é assim que deve ser, fique, um dia me junto a você e neste dia poderei te contar como foram os meus dias sem ti.


Não poder ter seu abraço, seu sorriso e suas brincadeiras em sextas-feiras que sempre foram felizes me doí a alma.


Maior dor só sinto quando o nosso filho, com aquele rosto tão parecido com o seu me pergunta se também vou morrer como a mamãe e se ele desta vez ele poderá ir junto.


Sinto tanto frio, a vida é tão sem sentido.


No momento nada mais quero, mas ainda fixo os meus olhos no retrato que tirei com você no dia em que nos casamos. Ah! Como eu estava feliz. Não pensei jamais que do nada o seu coração poderia parar e se recusar a voltar trabalhar, jamais pensei que não poderia mais tirar você da cama com promessas de te comprar churros e com beijos receber a paga.


A dor transpassa, não ouço, não sinto e falo maquinalmente. Só por mais uma noite gostaria de segurar a tua mão entre as minhas e dizer "que tudo vai ficar bem e que é para você ver como as coisas estão melhorando". Ah! Meu bem! Volte pelo menos em meus sonhos e torne suportável a sua partida...volte...te espero.

Um comentário:

Obrigado. Fica com Deus.