quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Pai,


Por um motivo ou por outro parei para pensar hoje no papel do pai. Graças a Deus o meu ainda está vivo, mas sei que os de muitos já morreram.

O pai é uma figura emblemática. De um lado a cultura faz com que o enxergamos como uma pessoa forte, que em todas e em quaisquer situações vai nos dar o ombro amigo e dizer que tudo ficará bem.

O tema ‘pai’ é objeto de muitas poesias, contos e músicas, na sua grande maioria há tristeza, abandono e nostalgia.

Por uma questão lógica quase todos nós sobreviveremos ao nosso pai. O rosto do pai em mim inspira um sentimento de segurança, determinação e de muita amizade, mas nem sempre é assim. Muitos pais fraquejam e deixam suas famílias a deriva. Muitos saem pelas portas do fundo da vida, se acovardam de suas responsabilidades.

Fomos concebidos, na nossa grande maioria, do amor. Houve tanta expectativa com a nossa chegada. Nossa mãe nos carregava em seu ventre e o pai ficava ao lado, mesmo que fosse um pai tímido, com certeza ele sabia que iria se tornar um imortal.

Todo pai é imortal, pois após muito tempo ainda será possível ouvir frases que ele dizia e suas peripécias. É verdade que o implacável tempo fará com que as lembranças se atenuem até que se apaguem. Mas ele sempre será um registro num livro. Viajará através dos séculos. Será o patriarca.

O pai se magoa por fora bem menos do que a mãe. O pai é muito mais rude. É menos de conversa e mais de ação. O pai é quem quase sempre tem o último recurso. As palmadas do pai doem mais. O seu desamor também machuca muito. Quantas crianças infelizmente hoje crescem sem esta referência.

Pais estudiosos, preguiçosos, letrados, analfabetos, presentes ou ausentes. São figuras que contam nossa história. O mais importante quando eles ficarem velhos e tudo aquilo que outrora nos impressionava se tornar comum é conseguirmos proporcionar a eles parte do nosso tempo, vamos ouvir suas história e queixas assim como fizeram conosco.

Na infância o filho ama pai de uma maneira, na adolescência entre em rota de colisão com suas ideias, mas na maturidade ele percebe que os anos passam rapidamente e que o seu pai é umas das coisas mais valiosas da vida.

Pai, papai, meu velho, parceiro ou simplesmente amigo. Quanta falta nos faz suas palavras ou tão somente sua presença. Quantas conversas, risadas, brincadeiras e ensinamentos alcançamos deste anjo. Gratidão não se paga, apenas se reconhece. (Caso você não tenha o pai que deseja, pense se você é o filho que ele merece). Sejamos gratos!

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