domingo, 27 de setembro de 2009

A sociedade virtual


Nesta imensa internet, que começa aqui e termina não sei onde, temos inúmeras possibilidades de encontrar amigos. Muitas vezes não encontramos, mas reforçamos amizades. Possuímos msn, orkut, twitter, skipe e por ai vai.

As relações de convívio paulatinamente se transformam em virtual. Não temos muito tempo para o contato físico, mas sempre sobra um tempo para mandar um oi, encaminhar uma mensagem que achamos bonita ou infelizmente uma corrente de “boa sorte”, que nos irrita.

As empresas já perceberam o potencial e o alcance propagandista da internet, os espaços em sites e blogs muito acessados custam caros. Até descobrimos gênios, alguém discorda? O que falar dos meninos que inventaram o Google?

A falta de contato próximo também favorece a desonestidade, quantos furtos, estelionatos e outros crimes vimos surgir na internet. Dinheiro surrupiado de contas bancárias, compras efetuadas sem a entrega dos produtos, pedofilia etc.

A proteção neste espaço virtual é dificílima, lutamos contra o invisível. A exclusão também aumenta muito.

Antes ser analfabeto era não saber ler nem escrever. Atualmente que não souber manusear o computador, bem como seus programas está em maus lençóis. Quase todos os atos da vida podem ser feito com o auxílio do computador. As escolas especializadas proliferam, algumas boas e outras ruins. As profissões ligadas à área da informática começam a ser prestigiadas bem mais do que as tradicionais, tais com medicina e advocacia.

Caso fossemos saudosistas poderíamos começar nosso argumento contrário as novidades do mundo moderno com o velho chavão “ Na minha época...”.

Bem, a verdade é que o coreto foi esquecido, os pontos de encontro são em lojas de conveniência de postos de combustíveis. Os signos são tatuagens e piercing. As missivas foram quase que abandonadas. O mundo caminha a passos largos ao individualismo.

É sabido que retroceder na tecnologia é impossível e infrutífero. Somos o que somos. Os sentimentos estão treinados por estímulos da sociedade. Não contamos mais histórias em volta de fogueiras. Nossos filhos fazem intercâmbios, vão longe.

Fica a possibilidade de ter amigos ou parentes mais velhos, como avós, pais, tios e irmãos que nos contem como era residir em uma casa iluminada com lamparina, como era buscar água no poço, caminhar longas distâncias para estudar no “ginásio”, tomar refrigerante uma vez por ano, comer doces em casamentos, ter mães em casa e pais trabalhando em usinas, como era a vida na colônia, como o apito das usinas soava quando alguém morria, como eram as missas, as quermesses, as brincadeiras dançantes nas garagens, a política e os vereadores sem salários, a pesca em rios por necessidade e não por esporte.

Enfim, a sociedade não cultua antigos valores, a cultura está mudada. Aceitamos musicas de letras agressivas, estamos longe de Mozart ou Beethoven e dos grandes clássicos literários. Estas são as regras do jogo atual. temos que aceitar sob pena de ser um peixe fora d'água.

Boa semana e um abraço, nos encontramos por ai, no msn ou no Orkut.

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