No ano passado, em um casamento, eu estava conversando com um bem sucedido empresário sobre banalidades. Em dado momento o diálogo entrou em ter vergonha disso e daquilo outro. Nesse instante ouvi uma confissão que veio misturada com grande remorso.
Disse aquele homem que o seu pai era um vendedor nato, vendia tudo o que eu podia imaginar. Ele havia vendido enciclopédias, materiais para construção, roupas usadas etc.
Nesta época, aquele rico empresário era um menino e sentia vergonha do pai, principalmente pela caminhonete velha e barulhenta que o pai possuía.
Certa vez o pai começou a vender utensílios domésticos. Saía cedo fazendo um barulho imenso. Estes utensílios iam pendurados na caminhonete e aumentava mais ainda o barulho.
Toda noite o menino ficava deitado no seu quarto esperando o pai virar a esquina da rua da sua casa. Lá de longe ele podia ouvir o pai que chegava. Só depois disso ele dormia.
Na missa aos domingos ele achava que todo mundo estava olhando para a sua família e tirando sarro da velha caminhonete.
Mas o seu pai era muito bom, todo sábado e domingo ficava com a família e brincava com ele e com sua irmã. O pai sabia que ele sentia vergonha dele, mas não deixava por esse motivo de ser amoroso e brincalhão. Contava muitas histórias.
Porém em uma sexta-feira chuvosa ele dormia um sono profundo e não ouviu o pai sair para o trabalho diário. A noite ficou esperando, deitado no seu quarto, ouvir a barulhenta e velha caminhonete carregada de utensílios domésticos anunciar que o pai estava chegando. Não ouviu. Pelo contrário. A polícia bateu na sua porta e o soluço da sua mãe fez um calafrio percorrer a sua espinha.
O pai havia se acidentado. Um caminhão carregado de maça colidiu de frente com a velha caminhonete do seu pai. Nunca mais ouviria novamente o barulho do veículo. Também não teria mais a agradável companhia do pai nos finais de semana. O pai, de quem ele sentia vergonha, havia morrido.
Arrematou a narrativa dizendo que ele também tinha dois filhos, mas que não tinha tempo para eles e que apesar de ter um belo carro nunca conseguira ser tão bom para os filhos como seu velho pai havia sido para ele.
Disse aquele homem que o seu pai era um vendedor nato, vendia tudo o que eu podia imaginar. Ele havia vendido enciclopédias, materiais para construção, roupas usadas etc.
Nesta época, aquele rico empresário era um menino e sentia vergonha do pai, principalmente pela caminhonete velha e barulhenta que o pai possuía.
Certa vez o pai começou a vender utensílios domésticos. Saía cedo fazendo um barulho imenso. Estes utensílios iam pendurados na caminhonete e aumentava mais ainda o barulho.
Toda noite o menino ficava deitado no seu quarto esperando o pai virar a esquina da rua da sua casa. Lá de longe ele podia ouvir o pai que chegava. Só depois disso ele dormia.
Na missa aos domingos ele achava que todo mundo estava olhando para a sua família e tirando sarro da velha caminhonete.
Mas o seu pai era muito bom, todo sábado e domingo ficava com a família e brincava com ele e com sua irmã. O pai sabia que ele sentia vergonha dele, mas não deixava por esse motivo de ser amoroso e brincalhão. Contava muitas histórias.
Porém em uma sexta-feira chuvosa ele dormia um sono profundo e não ouviu o pai sair para o trabalho diário. A noite ficou esperando, deitado no seu quarto, ouvir a barulhenta e velha caminhonete carregada de utensílios domésticos anunciar que o pai estava chegando. Não ouviu. Pelo contrário. A polícia bateu na sua porta e o soluço da sua mãe fez um calafrio percorrer a sua espinha.
O pai havia se acidentado. Um caminhão carregado de maça colidiu de frente com a velha caminhonete do seu pai. Nunca mais ouviria novamente o barulho do veículo. Também não teria mais a agradável companhia do pai nos finais de semana. O pai, de quem ele sentia vergonha, havia morrido.
Arrematou a narrativa dizendo que ele também tinha dois filhos, mas que não tinha tempo para eles e que apesar de ter um belo carro nunca conseguira ser tão bom para os filhos como seu velho pai havia sido para ele.
ELIEL, ACOMPANHANDO SEU BLOG, FICO ENCANTADA COM AS HISTÓRIAS E OS COMENTÁRIOS DE SEUS IRMÃOS. AH...VOCÊ MERECE!
ResponderExcluirCONTINUAREI SEMPRE DIZENDO QUE SEU TALENTO ALEGRA O CORAÇÃO DE MUITAS PESSOAS.
NEM PALAVRAS, NEM GESTOS, PODEM EXPRESSAR O QUANTO ADMIRO VOCÊ COMO PAI...FRUTO DE SUA INFÂNCIA, POIS NINGUÉM PODE TRANSMITIR O QUE NÃO TEVE. PARABÉNS!
UM GRANDE ABRAÇO.
H.A.S.
Meu caro, é impressionante a maneira como você vem escrevendo!
ResponderExcluirHouve um tempo em que eu julgava ter alguma inventividade com as palavras, entretanto hoje vejo que quem de fato está granjeando os talentos é você e certamente já tinha cinco, o que mais tinha!
Refletindo sobre essa parábola e colocando-a ao lado de sua trajetória, vejo um paralelismo perfeito.
Gostaria que um dia você abordasse a história daquele menino que se machucou na escola durante o recreio. Fiquei com muita pena dele quando soube da história pela mamãe.
Talvez você saiba, mas fiquei seu amigo apesar da diferença de idade e de vê-lo esporadicamente.
O mais engraçado é que antes eu falava e hoje mais o ouço quando dá certo de nos encontrarmos.
Quanto a escrever, parece que estou viciando-me novamente, porém ainda convalescente, preciso da inspiração dos seus escritos. Mesmo que não produza mais por minha conta, deitar umas frasezinhas tortuosas e quebradiças aqui me alegra demais.
Até a próxima...
Esta história começou alegre e terminou triste mas infelizmente damos valor a coisas e pessoas somente após perdê-las, que esse texto possa motivar as pessoas a refletir sobre sua vida e sobre seu círculo de amizades. Boa semana. Alessandro Miranda
ResponderExcluirÉ Eliel, sua história mostra bem a vida como ela é.Em uma determinada época temos quem mais nos ama ao nosso lado e nao nos damos conta e talvez ela pareça até um incomodo em nosso caminho. Mas um dia ela desaparece por vontade própria por desejar nao sofrer, ou por vontade do Pai, aí nunca mais a vemos, talvez em outra vida, se é que isso existe.
ResponderExcluirSó então percebemos o quanto perdemos, por isso dizem: "eu pq perdi quem mais amei, vc pq perdeu quem mais te amou". É um ciclo, é o destino traçado....
bju
Primeiramente parabes por tudo que você escreve adorei muito seu blog!!!
ResponderExcluirObrigado por ter visitado o meu , ainda estou começando ,valeu pelo comentario por mais breve que tenha sido!!!
Me de a permisão de colocar o link do seu blog no meu!
Desde ja agradeço!
Com carinho Ariel do carmo