Ele não sabia o que era o amor. Dizia para os amigos que jamais amara uma mulher e que a curtição era seduzi-las.
Segundo ele com o tempo tudo se transformava em algo enfadonho e sem sentido. Então aos poucos ele se afastava das “amantes” até que a sua presença constante se tornava em uma dolorosa e sentida ausência.
Em seus longos anos de estrada estivera com belas mulheres, mas nenhuma conseguira produzir em seu coração o verdadeiro amor, até que certo dia se encantou por um sorriso e descobriu o maior dos sentimentos e também o mais espinhoso quando não há reciprocidade.
Ela era loira, magra como uma modelo, de estatura baixa e extremamente tímida. Nunca havia namorado e já tinha vinte e um anos quando cruzou o caminho daquele galanteador.
Na época ele já tinha trinta anos. O sorriso que aquela garota lhe deu naquele baile de carnaval fez o seu coração parar. As frases feitas sumiram da sua mente, a garganta ficou seca e ele a deixou partir sem dizer nada.
Um amigo dele era também amigo dela e havia feito a aproximação por um acaso. Refeito do espanto e ainda assombrado por aquela sensação de aperto no estômago e desconforto no peito foi embora para casa, a fim de por em ordem os pensamentos.
Em sua casa não conseguiu dormir e só conseguia lembrar-se daquela garota. Que garota! Na verdade ela não era um padrão de beleza, nem de simpatia, mas ele se apaixonara por aquele sorriso.
A garota do baile de carnaval se tornaria a sua maior companheira, ainda que nunca tenha sido fisicamente, mas sempre de maneira platônica.
Certo dia, após arrumar “casualmente” diversos encontros nas proximidades da universidade que ela estudava, nas festas que ela freqüentava e no bairro que ela morava resolveu se declarar. Ah! Quanta dor sobrou deste momento.
Ela dissera que não o desejava e que já havia percebido que ele estava afim dela, mas que da sua parte não havia interesse. Com certa maldade ela falou que não o achava bonito, nem muito legal e que acima de tudo a diferença de idade entre eles era muito grande. Longos nove anos.
A ferida aberta naquele dia jamais cicatrizou e ele padeceu muito. Sempre calado e sozinho. Nunca mais a procurou. Ele teve muitas noites insones, inúmeros pesadelos, doenças psicológicas e mergulhou numa depressão muito séria.
O golpe de misericórdia foi quando ele ficou sabendo que ela estava namorando. Ele achou que o rapaz era melhor do que ele em tudo. Sofreu mais ainda. Escreveu centenas cartas que nunca foram entregues a ela.
No dia do casamento da garota do baile foi na igreja assistir a cerimônia. Ela estava linda. Até parecia que dela irradiava luz. Viu naquela menina todas as outras que ele havia esnobado e brincado com seus sentimentos. Aquilo só poderia ser castigo. Ela nem notou sua presença. Ela sorria e o coração dele se contraía.
Desejava demais aquela garota. Nada aplacava aquele amor. Voltou para casa lentamente. Já era madrugada quando entrou no velho quarto. Deitou na antiga cama de solteiro, fechou os olhos e reunindo toda força que ainda restava em seu pobre ser quis morrer e conseguiu.
Pela manhã sua mãe encontrou o corpo frio do filho. No semblante dele uma paz era observada. Era um belo rapaz. Morrera de amor.
No dia seguinte, enquanto a sua diva desfrutava a lua de mel em uma praia do Nordeste brasileiro ele era sepultado.
Anos mais tarde no seu belo sepulcro haviam estátuas de anjos, que ironicamente se beijavam sobre uma grande foto do amante morto. Nesta foto ele exibia um belo e jovial sorriso, que demonstrava uma vitalidade e uma ânsia de viver que contrastava com a seriedade e a imobilidade do velho e soturno cemitério.
Segundo ele com o tempo tudo se transformava em algo enfadonho e sem sentido. Então aos poucos ele se afastava das “amantes” até que a sua presença constante se tornava em uma dolorosa e sentida ausência.
Em seus longos anos de estrada estivera com belas mulheres, mas nenhuma conseguira produzir em seu coração o verdadeiro amor, até que certo dia se encantou por um sorriso e descobriu o maior dos sentimentos e também o mais espinhoso quando não há reciprocidade.
Ela era loira, magra como uma modelo, de estatura baixa e extremamente tímida. Nunca havia namorado e já tinha vinte e um anos quando cruzou o caminho daquele galanteador.
Na época ele já tinha trinta anos. O sorriso que aquela garota lhe deu naquele baile de carnaval fez o seu coração parar. As frases feitas sumiram da sua mente, a garganta ficou seca e ele a deixou partir sem dizer nada.
Um amigo dele era também amigo dela e havia feito a aproximação por um acaso. Refeito do espanto e ainda assombrado por aquela sensação de aperto no estômago e desconforto no peito foi embora para casa, a fim de por em ordem os pensamentos.
Em sua casa não conseguiu dormir e só conseguia lembrar-se daquela garota. Que garota! Na verdade ela não era um padrão de beleza, nem de simpatia, mas ele se apaixonara por aquele sorriso.
A garota do baile de carnaval se tornaria a sua maior companheira, ainda que nunca tenha sido fisicamente, mas sempre de maneira platônica.
Certo dia, após arrumar “casualmente” diversos encontros nas proximidades da universidade que ela estudava, nas festas que ela freqüentava e no bairro que ela morava resolveu se declarar. Ah! Quanta dor sobrou deste momento.
Ela dissera que não o desejava e que já havia percebido que ele estava afim dela, mas que da sua parte não havia interesse. Com certa maldade ela falou que não o achava bonito, nem muito legal e que acima de tudo a diferença de idade entre eles era muito grande. Longos nove anos.
A ferida aberta naquele dia jamais cicatrizou e ele padeceu muito. Sempre calado e sozinho. Nunca mais a procurou. Ele teve muitas noites insones, inúmeros pesadelos, doenças psicológicas e mergulhou numa depressão muito séria.
O golpe de misericórdia foi quando ele ficou sabendo que ela estava namorando. Ele achou que o rapaz era melhor do que ele em tudo. Sofreu mais ainda. Escreveu centenas cartas que nunca foram entregues a ela.
No dia do casamento da garota do baile foi na igreja assistir a cerimônia. Ela estava linda. Até parecia que dela irradiava luz. Viu naquela menina todas as outras que ele havia esnobado e brincado com seus sentimentos. Aquilo só poderia ser castigo. Ela nem notou sua presença. Ela sorria e o coração dele se contraía.
Desejava demais aquela garota. Nada aplacava aquele amor. Voltou para casa lentamente. Já era madrugada quando entrou no velho quarto. Deitou na antiga cama de solteiro, fechou os olhos e reunindo toda força que ainda restava em seu pobre ser quis morrer e conseguiu.
Pela manhã sua mãe encontrou o corpo frio do filho. No semblante dele uma paz era observada. Era um belo rapaz. Morrera de amor.
No dia seguinte, enquanto a sua diva desfrutava a lua de mel em uma praia do Nordeste brasileiro ele era sepultado.
Anos mais tarde no seu belo sepulcro haviam estátuas de anjos, que ironicamente se beijavam sobre uma grande foto do amante morto. Nesta foto ele exibia um belo e jovial sorriso, que demonstrava uma vitalidade e uma ânsia de viver que contrastava com a seriedade e a imobilidade do velho e soturno cemitério.
puxa...
ResponderExcluirhaja fôlego para ler esses seus posts eliel...pois eles nos tiram...rs
continue...adoro...
beijinhos vivi
Muito bela história.
ResponderExcluirÉ impossivel acreditar que alguem morra por amor, porque por maior que seja um dia há de se esquecer, pode ser que reste mera lembrança e seu peito aperte as vezes em sinal de saudades.
Mas morrer?? Morrer não vale a pena "a dor do amor é com outro amor que a gente cura" ja ouviu falar???, é, e talvez esse "outro amor" seja muito mais compensador e te faça viver de verdade....
....Se for morrer, morra de tanto amar.....
Abraço
Adriana Wiezel