Ele caminhou com Jesus, mas o seu nome não ficou na história. No meio do povo ele era apenas mais um. A sua fala era pausada e cheia de melodia. Sua pele negra se perdia entre outras iguais.
A sua capacidade de raciocínio era limitada, mas a sua intuição era enorme e ele sabia que estava diante do maior homem que já vira. Às vezes ele sentia com se flutuasse, as palavras de Jesus produziam nele imenso prazer e ele chorava.
É bem provável que ele não tenha se casado, pois era de pouca aparência e de menor ainda iniciativa. Mas ele não sentia falta de nada. O seu sorriso era franco e ele jamais se sentiu sozinho, possuía inúmeros amigos.
Ele pensava que os dias podiam ser diferentes, embora na sua vida os seus dias tenham sido muito iguais. Acordava bem cedo, sua cama era feita de um tecido roído que era estendido toda noite no chão de terra batida, no cantinho que herdara dos pais, que parecia com uma maloca.
Certo dia ele ficou sabendo da perseguição que havia sido deflagrada contra Jesus e parou de acompanhá-lo tão próximo. Teve medo. Os dias que se seguiram ele se afligiu e chorou de agonia, de impotência, diante do inevitável. Assistiu toda a cena que foi longe de ser pitoresca. Sentiu dor na alma.
Após a partida de Jesus ele nunca mais foi o mesmo. Acordava assustado e tinha insônia. Pobre homem acabou por acreditar que poderia ter feito algo pelo grande mestre.
Os seus amigos não preenchiam o vazio que ele possuía. A sua profissão de pequeno mascate foi deixada de lado. Ele virou um pedinte. Começou a passar fome. Perdeu os amigos, uns para a morte outros tantos pelas mudanças e pela falta de proximidade natural do tempo.
Depois de muitos anos, já entrando na velhice, fase que era incomum para um sujeito com ele, começou a sonhar com Jesus e sem saber escrever ou ler sentiu uma inspiração, que não poderia ser da Terra, de registrar suas memórias. Mas como faria aquele pobre velho analfabeto? Além do mais o pergaminho e a pena de ganso eram raros e caros.
Num dia ainda escuro ele acordou e ao seu lado estavam o pergaminho e a pena de ganso. Ele pegou o material e em estado de graça, em transe, escreveu o que não sabia ler. Sentiu-se imensamente feliz, pois enquanto sua mão era guiada por uma força invisível ele se lembrava de Jesus Cristo e sentia-se leve.
Após um dia todo escrevendo mensagens que não entendia, mas que sabia se tratarem de suas memórias ele fechou os olhos e no chão em que estava perto do nada deitou-se e sonhou com um Jesus enorme que o carregava nos braços.
Neste momento ele que nem sabia a sua idade, mas beirava os oitenta anos partiu do mundo. Foi ter com Jesus o repouso que sempre sonhou. Finalmente pode abraçar o filho de Deus, algo que sempre tivera vontade, mas que não conseguira em vida.
Os seus escritos foram encontrados no outro dia junto ao corpo. Quem o encontrou o vendeu por uma ninharia e não deu os créditos, embora os verdadeiros créditos fossem do grande mestre da vida, da morte e do tempo.
Assim partiu um desconhecido para o mundo, mas um amigo de Deus.
A sua capacidade de raciocínio era limitada, mas a sua intuição era enorme e ele sabia que estava diante do maior homem que já vira. Às vezes ele sentia com se flutuasse, as palavras de Jesus produziam nele imenso prazer e ele chorava.
É bem provável que ele não tenha se casado, pois era de pouca aparência e de menor ainda iniciativa. Mas ele não sentia falta de nada. O seu sorriso era franco e ele jamais se sentiu sozinho, possuía inúmeros amigos.
Ele pensava que os dias podiam ser diferentes, embora na sua vida os seus dias tenham sido muito iguais. Acordava bem cedo, sua cama era feita de um tecido roído que era estendido toda noite no chão de terra batida, no cantinho que herdara dos pais, que parecia com uma maloca.
Certo dia ele ficou sabendo da perseguição que havia sido deflagrada contra Jesus e parou de acompanhá-lo tão próximo. Teve medo. Os dias que se seguiram ele se afligiu e chorou de agonia, de impotência, diante do inevitável. Assistiu toda a cena que foi longe de ser pitoresca. Sentiu dor na alma.
Após a partida de Jesus ele nunca mais foi o mesmo. Acordava assustado e tinha insônia. Pobre homem acabou por acreditar que poderia ter feito algo pelo grande mestre.
Os seus amigos não preenchiam o vazio que ele possuía. A sua profissão de pequeno mascate foi deixada de lado. Ele virou um pedinte. Começou a passar fome. Perdeu os amigos, uns para a morte outros tantos pelas mudanças e pela falta de proximidade natural do tempo.
Depois de muitos anos, já entrando na velhice, fase que era incomum para um sujeito com ele, começou a sonhar com Jesus e sem saber escrever ou ler sentiu uma inspiração, que não poderia ser da Terra, de registrar suas memórias. Mas como faria aquele pobre velho analfabeto? Além do mais o pergaminho e a pena de ganso eram raros e caros.
Num dia ainda escuro ele acordou e ao seu lado estavam o pergaminho e a pena de ganso. Ele pegou o material e em estado de graça, em transe, escreveu o que não sabia ler. Sentiu-se imensamente feliz, pois enquanto sua mão era guiada por uma força invisível ele se lembrava de Jesus Cristo e sentia-se leve.
Após um dia todo escrevendo mensagens que não entendia, mas que sabia se tratarem de suas memórias ele fechou os olhos e no chão em que estava perto do nada deitou-se e sonhou com um Jesus enorme que o carregava nos braços.
Neste momento ele que nem sabia a sua idade, mas beirava os oitenta anos partiu do mundo. Foi ter com Jesus o repouso que sempre sonhou. Finalmente pode abraçar o filho de Deus, algo que sempre tivera vontade, mas que não conseguira em vida.
Os seus escritos foram encontrados no outro dia junto ao corpo. Quem o encontrou o vendeu por uma ninharia e não deu os créditos, embora os verdadeiros créditos fossem do grande mestre da vida, da morte e do tempo.
Assim partiu um desconhecido para o mundo, mas um amigo de Deus.
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