sábado, 24 de julho de 2010

Confusão Mental

É engraçado e difícil passar sensações para o outro, pois as palavras não possuem a flexibilidade necessária para tal tarefa.

Algo que está quente demais, pode ser apenas morno para o outro. Uma brincadeira aqui pode ser uma grosseria ali. Um oi acolá pode ser entendido como um assédio do lado de lá. Tudo pode ser real, ou não, como adora dizer Caetano Veloso.

Por que o óbvio tem que ser explicado? Quando aparecem conceitos novos eles não serão complicados, mas tão somente novos. É preciso ter paciência.

É engraçado como o homem quer sempre ter paradigmas. Ao que parece, nada pode ser compreendido sem um padrão de comparação? Até onde isso é salutar?

Queremos mente aberta sem os pés saírem do chão, sem complicações. Por que toda ideia que não compreendemos passamos a atacar o seu criador, dizendo que ele é maluco?

A vida é o que se acredita que ela é. O que passar disso é fantasia, devaneio sem base. Estuda-se tanto para apresentar respostas pueris sobre o nada. Que desperdício!

Tudo vai ser bom. É preciso acreditar nisso. A confusão não faz parte, mas se você quiser incluí-la no pacote, que mal tem?

Após um passe de mágica, no final de um abracadabra você aparece e pergunta sobre o que realmente importa. Procure entender, tudo importa. Mas, acredito que não haveria o que se explicar. A água rolou. A força já foi gerada. O investimento valeu, mas agora é preciso mudar para sobreviver.

No momento só o vento brincando entre os carreadores de cana-de-açúcar poderá ser encontrado. A poeira se assentou. O asfalto cobriu a estrada. O céu nublou e depois se desenrolou.

A confusão mental ocorrerá se você quiser entender tudo de uma vez. Utilize o passo-a-passo e logo você começará a sorrir pelo entendimento alcançado. É imprescindível fechar os olhos para enxergar, quietar-se para voar e enfim desprender-se para ficar eternamente preso.

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