segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Carmelindo Onofre da Silva Heleno


Ele nasceu no dia 01 de novembro de 2010. A sua casa era muito bonita, daquelas que só vemos em filmes, novelas e superproduções. Entretanto, o seu coração era igual ao dos homens que são desapegados dos bens materiais.


Desde cedo, Carmelindo Onofre da Silva Heleno, demonstrava ser uma criança diferente. Ele sempre fora preocupado com o bem estar do próximo, bem como se interessava pelo meio-ambiente, pelos animais e pensava como fazer para protegê-los.


C.Onofre era filho único, mas nem por isso deixou de ser irmão de muitos. Ficou órfão muito jovem, um acidente automobilístico vitimou seus pais e ele com a idade de oito anos precisou separar-se dos seus abençoados genitores.


Como o pai de C.Onofre era filho único e não conhecera o pai, o pequeno não tinha avô, mas só avó, embora isso não contasse muito, pois ela padecia de uma doença degenerativa, sendo que seus dias eram vividos dentro de um hospital.


Nessas condições C.Onofre foi internado em um orfanato, chamado Boa Esperança e a sua fortuna, herança do pai, ficou depositada em um banco do Estado. As propriedades ficaram a cargo de um curador, que iria administrá-las até C.Onofre ter a maioridade completada.


No orfanato C.Onofre conheceu todas as dificuldades possíveis de uma vida simples, onde nem sempre o cobertor dava para esquentar todos que tinham frio, onde a comida nem sempre forrava o estômago de todos que estavam famintos e onde os castigos eram frequentes por quaisquer deslizes cometidos, desde pequenos esquecimentos dos textos de oração até atrasar-se para o banho, que era tomado semanalmente.


Os anos passaram rápido. C.Onofre era paciente, resignado e sempre estava de bom humor, ele interessou-se pela vida eclesiástica e foi estudar em um seminário para ser padre. Em poucos anos tornou-se pároco.


De comunidade em comunidade levou a palavra de Deus, alegrou diversos corações e reacendeu diversas chamas de esperança, perseverança e otimismo.


C.Onofre doou toda a herança à igreja Católica, queria que o donativo fosse destinado à construção de lares para famílias pobres, a fim de que os filhos não precisassem ser internados em orfanatos.


Com uma vida exemplar C.Onofre era considerado um santo pelos lugares que passava. A convivência com C.Onofre era fácil, agradável e bastante proveitosa para quem desfrutava de sua companhia, pois os ensinamentos eram constantes, através dos seus gestos, das suas palavras e da suas condutas.


A vida, nas palavras de C.Onofre era um caminho lindo, onde os percalços eram pedras necessárias para a construção do próximo atalho para chegar ao destino de todo ser humano, o céu.


No ano de 2090, o coração de C.Onofre simplesmente parou. A comunidade chorou, seus amigos e os fieis da sua paróquia choraram. O mundo perdia muito mais do que um padre, perdia um santo anônimo.


Na discussão sobre onde seria C.Onofre enterrado lembraram-se do orfanato Boa Esperança e para lá levaram o seu féretro. Na manhã chuvosa do primeiro dia de agosto de 2090, C.Onofre desceu a sua última morada.


Em pouco tempo o túmulo de C.Onofre virou local de peregrinação. No ano de 2110, C.Onofre foi beatificado. No ano de 2140, após muitas investigações sobre os milagres creditados a C.Onofre como intercessor, ele foi canonizado.


C.Onofre, homem nobre, de coração puro, espírito iluminado, que enfim obteve a recompensa da sua existência simples e voltada para o altruísmo.










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