quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A moeda do barqueiro

Morte precoce é terrível,
Ninguém deveria ir tão cedo,
Mas o que sabemos sobre o tempo?
O consolo maior é acreditar na continuidade da vida,
Quer seja de maneira espiritual ou só energética,
As pessoas diante do morto ficam dizem "coitado",
Porém, o dó não é do defunto,
E sim de si próprio,
A verdade é que nos imaginamos dentro do caixão,
Imóveis, impotentes, carentes e inservíveis,
Se o cadáver pudesse observar seu próprio nojo sentiria autopiedade,
Até mesmo choraria o seu infortúnio,
Todavia, sabemos que não há regra,
Seja aos 39 ou aos 116 anos,
Um dia fecharemos os olhos,
E aí de nós se esquecermos da moeda do barqueiro!

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