domingo, 5 de dezembro de 2010

Um até logo


Todo ser humano com discernimento normal sabe que vai morrer,
O nascimento é o início do caminho, do corredor que o espírito terá que percorrer,
O homem tenta não pensar nisso no cotidiano para não sofrer,
Mesmo porque não há como remediar nem nada para se fazer.

No caminho, quase sempre, ama-se os pais, a prole, os parentes e os amigos,
Os primeiros que partem, quando ainda não foram são os avós,
Como é difícil lidar com a falta deles, são os pais-de-todos,
Acolhem os mais novos, são exemplos, mesmo quando doentes e fragilizados.

Existem lugares melhores para se passar uma noite do que velando um ente querido,
Mas é nesta hora que a realidade assola e o ser humano percebe o que é ser amado,
Não importa o quanto se faz, sempre fica a impressão de que algo saiu aquém ou errado,
Sente-se a falta, de vez em quando a saudades assalta, há choro, fica-se abalado.

Os afazeres engolem os minutos e a tristeza passa, as memórias ficam guardadas,
A infância, a adolescência e a velhice correm, sempre com dúvidas profundas,
As “cabeças” guardam cheiros, momentos, rostos e atitudes, algumas equivocadas,
Pensamos na morte quando ela abraça pessoas amadas.

A separação dói, os olhos não estão mais ao alcance, sente-se falta da convivência diária,
Que saudades dos conselhos, dos sorrisos, dos abraços e até da dependência,
Mas, quando isso acontece deve se fazer uma prece ou escrever uma poesia,
Contar a muitos que estamos com dor, mas que agimos sempre com sabedoria.

Abraço para você , pois com certeza está em um lugar ótimo,
Perto de você havia somente bondade e altruísmo,
Saudades eternas, no meu coração você é grande, sou perante a vida, ínfimo,
Eu nunca sentirei você longe, para mim você jamais será póstumo.

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