segunda-feira, 13 de junho de 2011

Pensamentos



No dia em que as portas se abrirem e uma pessoa desconhecida for a sua interlocutora, talvez a razão lhe assombre e te diga em voz doce e calma: “eu disse que um dia tudo mudaria, mas você não quis acreditar!”.

A cabeça em turbilhão te mandará partir, mas a sua vontade será ficar e olhar detidamente uma realidade muito distante das lembranças que você guardava em sua memória. O espanto dará lugar a um vazio no peito e logo as lágrimas rolarão soltas em sua face.

O cérebro determinará que você se toque, mas as suas mãos estendidas apenas tocarão o nada e o ar em frente aos seus olhos “rirá” baixinho, quando o desconcerto do seu gesto cessar e a dor da esperança partida te assolar.

À volta dos movimentos, a serenidade e o entendimento de tudo o que se alterou não serão pacíficos. No ranger dos dentes haverá demonstração de todo inconformismo que não sai em formas de palavras pela dificuldade em se expressar.

Esse dia será esquecido e tudo voltará ao normal até a noite em que às sepulturas expulsarem partes dos mortos para serem julgados e absolvidos ou apenas compreendidos.

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