terça-feira, 5 de julho de 2011

Opiniões



Desde que o homem aprendeu a falar começou a emitir opiniões. A inteligência desenvolvida permitiu que ele deixasse suas impressões sobre tudo o que achasse que merecia comentar. Daí nasceram coisas excelentes, inúmeras virtudes e umas sombras que destroem existências.


Quando não existia nenhuma forma palpável de guarda as idéias, as falas e os sonhos tudo se perdia nos dias engolidos por outros dias, mas ai surgiu a escrita rudimentar, inscrição em pedras, peles de carneiros, papiros e afins. A escrita evoluiu e surgiu o papel, posteriormente a imprensa. Tudo estava encaminhado.


A necessidade de falar é mais do que instintiva é intrínseca a natureza humana. É uma expressão do sentimento. É um alívio para a alma. É um bálsamo para o ego. É um afago as dores do desamor. É às vezes felicidade, mas pode tanto produzir alegria quanto profunda destruição.


A Bíblia sagrada diz em Provérbios cap. 18, v 21 que: “A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto”. Em uma interpretação livre quer dizer que tudo o que se diz produz realidade e esta será vivida por quem lançou as palavras, que inevitavelmente produziram pensamentos, energias e movimentou tanto o mundo físico quanto o espiritual.


A responsabilidade pelo que se diz vai muito além da jurídica, acaba sendo um legado e fazendo transparecer o coração do homem. Quando se fala há opção de ficar quieto, mas ao optar por falar se assume a responsabilidade pelo que se está dizendo. Caso seja algo que enobrece, que enaltece alguém e que acrescenta algo, a chance de produzir o bem é enorme, mas se for uma crítica destruidora o que se produzirá em quem ouve? E para quem falou as duras palavras?


Isso é tão claro como a cor branca. É tão antigo quanto o raciocínio. Mas, porque as pessoas não concluem que a vida coletiva estará bem melhor quando as opiniões forem de amor, de empatia, de solidariedade e de altruísmo?


As pessoas públicas têm as suas vidas expostas, são invadidas em suas intimidades, homens e mulheres sem compromissos com a paz achincalham atitudes, inferem qualquer coisa ácida e tomam como verdades e depois, muitos maldosos que deturpam o que enxergam, deitam explicações pueris, tal como: “essas pessoas aceitaram ser públicas, agora agüentem”. Falo de atores, atrizes, cantores e todo tipo de artistas que são alvos de opiniões destruidoras.


No mundo da política existem muitas pessoas habilidosas na arte da oratória, da retórica e de fazer o bem. Pessoas são adoradas e odiadas. O mais fácil é ser indiferente com os maus e aplaudir os bons. Exerça bem o direito do voto. O mau-dizer, a opinião cheia de maledicências despeja uma carga negativa na sociedade e volta para a pessoa que emitiu.


Quando uma pessoa frustrar as suas expectativas ore ou reze por ela, a fim de que ela possa melhorar. Um dia, pode ser que essa pessoa consiga fazer o bem e você terá participação nessa melhora, pois mandou pensamentos positivos, teve fé e ajudou o mundo a ter um ser humano melhor.


Logo a vida termina. Como você quer ser lembrado? Ser pacífico não é ser fraco. Dizer as coisas de maneira amável não é ser subserviente. Ser bom não é perder tempo é o caminho mais curto para a paz de espírito. O atalho da vaidade e o da inflexibilidade de idéias são rotatórias da ignorância, que não deixam ninguém ir para frente, mas confundem os viajantes e os fazem retornar para o início da sua partida.


Enfim, emitir boas opiniões é ter compromisso com a vida, com todos os heróis que derramaram o próprio sangue e deram suas existências por esse direito tão nobre, que é o de poder se expressar. Façamos um bom uso da palavra para que tenhamos paz por toda a eternidade e menos coisas a serem explicadas para o Criador.

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