Vivemos na expectativa. Sonhamos, lutamos, planejamos e caminhamos. Somos educados na ansiedade, mas todos admiram a serenidade. Desde o nascimento, ficamos na espera. No começo, ainda bebês, queremos apenas o alimento e o carinho materno. Depois são os brinquedos. Logo chegam a adolescência, a vida adulta e a fase madura da nossa existência. Em todos os dias, desejamos algo, criamos expectativas, temos surpresas e a possibilidade da reflexão.
Na inocente infância, as metas são modestas. Na simplicidade, na ingenuidade e na pequena necessidade, contentamo-nos com pouco. Na adolescência, vem a constatação de que sempre é possível melhorar. Na vida adulta, os dogmas, os comportamentos adequados, os requisitos para sermos aceitos nas comunidades, entre os “amigos”, na vida social e na vida cotidiana familiar requerem posturas adequadas, que adotamos por bem ou por mal.
A rebeldia é o caminho para a exclusão. O julgamento, se isso ou aquilo é bom ou ruim, é dispensável. É preciso entrar na sociedade pela porta da frente e, com as ferramentas disponíveis, abrir novos caminhos, instalar novos conceitos e desmistificar certos padrões, os quais, aliás, vão contra a própria preservação da paz social.
O maior dom do homem é viver para ser amigo. Na relação com o próximo é que temos as maiores lições. Ouvir e falar nos faz refletir imensamente. Mas os aprendizados às vezes escapam, pois nos preocupamos muito com o que está para acontecer e não conseguimos enxergar a resposta da nossa pergunta, bem diante dos nossos olhos.
Em certa época da vida, todos farão suas reflexões sobre o que já passou. Nesse balanço, muitos ficarão surpresos, pois verão o quanto se afastaram dos seus planos iniciais. Dirão que isso é normal, muitos irão se lamentar e outros trarão em suas almas felicidades extremas, pela capacidade de serem gratos.
Na caminhada existem surpresas excelentes, promessas tentadoras e atalhos convidativos, mas é preciso coragem, calma e perseverança para ouvir o coração. Na reflexão da alma e do coração e
na esperança em DEUS habita toda a solução. O medo é mau conselheiro. E a própria Bíblia Sagrada, no livro de Sabedoria, capítulo 17, versos 11 e 12, diz: “(...) o medo é apenas a falta do socorro que vem da reflexão: quanto menos reflexão interior tivermos mais alarmante parecerá ser a causa oculta do tormento”. Logo, se mergulharmos nos nossos pensamentos com fé em Deus e em nossos princípios, o medo desaparecerá. Daí sempre faremos o certo.
E assim a vida passa, e, de conquistas em conquistas, construímos a história de nossa existência, que, para ser digna, basta tão somente que reflitamos muito antes de fazer qualquer coisa. É bem provável que, se não colocarmos, ainda em vida, um ponto final em nossas trajetórias, muitos de nós consigamos, em qualquer estação da vida, através de nossas reflexões, continuar ajudando o mundo a mudar para melhorar. Basta perseverar e acreditar que a maior surpresa da vida ainda está por vir.
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