sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Deus nos ajude.


Vinte segundos e tudo o que existiu já não existe mais. Num piscar de olhos e já não há mais água encanada, energia elétrica, internet, sua casa, seus amigos, sua família, seu futuro, o seu amanhã, tudo foi destruído.

Por mais que vejamos imagens, não conseguimos sequer imaginarmos o que seja isso. Pela televisão não há cheiro. Estamos a salvo de quaisquer males.

Somos tão efêmeros, tão frágeis e ignóbeis que a natureza de quando em quando vem nos alertar sobre isso.

No final do ano passado um jornalista se arvorando em maioral ridicularizou dois garis, falando com deboche, depois que eles desejaram feliz ano novo, que eles eram a última escala do emprego. Que pena alguém pensar assim.

Não há escala disso ou daquilo, pois não podemos dividir as pessoas por níveis. Todas tem importância. Será que haveria mais respeito se este jornalista lembrasse que na idade em que ele está sua vida se encontra bem perto de virar vapor e o seu corpo virar outra vez pó?

Vidas arrasadas de uma só vez. Explicações técnicas, espirituais e morais. Entender pode até ajudar prevenir palidamente o que está por vir, mas jamais impedir, pois os caminhos escolhidos para as conseqüências virem jamais serão conhecidos, pois nem bem sabemos o que desperta a fúria do que está dormindo.

Deus ajude a todos nós.

Um comentário:

  1. Boa noite amigo Eliel
    Eu li esse texto no mesmo dia em que postou em seu blog. Mas, depois eu fui refletir.
    Zilda Arns....que mulher abençoada! Doadora de seu tempo, de sua vida.
    E nós? O que temos feito? Reclamado de pequenas coisas?
    Como você mesmo costuma dizer em seus textos: -"Somos pequenos".
    Obrigada. Eu já havia pensado em trabalhos voluntários para esse ano. Agora então...me envergonho de as vezes perder tempo em bobagens ao invés de proporcionar um pequeno bem ao outro!
    Bom ano grande escritor. Que o seu talento continue enriquecendo muitos lares e aquecendo corações.
    Sucesso....sempre!

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Obrigado. Fica com Deus.