sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A saga do Uno – Oitavo dia




Era uma terça-feira diferente das demais, pois era carnaval. No país do futebol e do samba é quase impossível se fazer outras atividades quando os nossos humildes lares são invadidos por mulatas bem torneadas e pelo esporte inventado por Charles Miller.

Todavia, falamos do grande campeonato de UNO, disputado por doze pessoas, que mais uma vez deixaram seus compromissos pela satisfação da disputa e pelo desejo de conquistar o conteúdo do cofre que recebe todo o pagamento feito pelos competidores.

A noite estava agradável. A rodada aconteceu às vinte horas, bem diferente das últimas vezes que mais pareciam sessões corujas. Dos doze competidores um segue eliminado, outra tinha um compromisso inadiável. Mas mesmo assim fomos para a arena em onze valentes, pois por uma rodada a competidora faltante foi substituída, diga-se de passagem, bem substituída, pois a menina quase fatura a primeira queda.

Tínhamos uma classificação complicada, pois a líder, que ainda é uma infante, poderia disparar na liderança, bem como o vice-líder que a seguia de perto.

A sede foi na casa do Alessandro, o palco foi montado nas alturas. Duas tendas abrigavam os competidores. Durante o jogo o céu abriu e a chuva açoitou as estruturas metálicas, mas estávamos a salvo e muito compenetrados no jogo.

Logo na primeira rodada uma cena inusitada, umas das crianças sentou-se muito rápido e caiu para trás, o tombo só não foi pior, pois um dos adultos rapidamente segurou o pequeno menino pela perna. Com a queda a criança derrubou um copo de vinho que estava embaixo da sua cadeira e molhou o seu braço, que ficou parecendo que estava cortado. O pânico se tornou em riso e a rodada prosseguiu.

A última classificada, disse que iria ganhar naquela noite e cumpriu a sua promessa. Logo na primeira partida ela venceu e saiu do zero. Agora não existe nenhum competidor que não tenha ganhado ao menos uma vez. Todos em algum momento já experimentaram a emoção de falar: “UNO” e depois “Bati”.

Alguns, no momento da vitória vão as lágrimas, dedicam suas conquistas para os pais, amigos e namorados. Outros apenas dizem baixinho, disfarçando sua vontade de extravasar: “bati”.

A segunda rodada foi vencida pela Dani, que também venceu a sétima rodada. Ela voltou a vencer depois de muito tempo no ostracismo do panteão da vitória. A comemoração foi intensa.

A terceira, a quinta e a última rodada foram vencidas por mim, cheguei bem próxima da líder. Também venceram Carlos, Marina, Gabriel e a Giovanna (foto-destaque), que bravamente vem defendendo a sua liderança. Alguns passaram sem vitórias.

É claro que durante a partida tivemos uns petiscos, bem como pão de alho, guaraná, vinho, pizzas, pipocas e outras comidas afins. Também tivemos alguns bem próximos de bater que ficaram a ver navios e outros tantos que foram penalizados por falarem em horas indevidas. Durante a rodada novamente tivemos choros literalmente e de maneira figurada, por adultos e por crianças.

Encerrando-se a noite, terminamos com a tábua da classificação da seguinte maneira: Giovanna com 2981, Eliel com 2936, Alessandro com 2419, Dani com 2099, Carlos com 1763, Yzadora com 1747, Marina com 1445, Valdecir com 1134 (por enquanto eliminado), Janaína com 1025, Dona Antônia com 844, Gabriel com 635 e Lidiane com 377. Por enquanto é isso. Hoje tem mais, até já.




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