sexta-feira, 16 de julho de 2010

O Administrador Público e o Trem


Quantas coisas têm um Administrador Público para decidir? Quantas burocracias para vencer e outros tantos assuntos para colocar na pauta do dia e dar prioridade?

É preciso uma organização militar para: não se perder durante as poucas horas que dispõe para ser aconselhado, participar de reuniões, responder gentilmente um oi por email de um político, ler os jornais e assinar os contratos, pedidos e demais documentos que exigem sua anuência.

Com o passar dos dias vemos as necessidades entrarem e saírem de cena, agora, por exemplo, é a vez do trem de alta velocidade, ou o famoso trem-bala, que facilitará principalmente a locomoção das pessoas entre duas grandes capitais brasileiras a de São Paulo e a do Rio de Janeiro.

O transporte ferroviário é um dos mais seguros do mundo, mas hoje não possui tanta flexibilidade graças à falta de investimentos das décadas passadas. O descaso aliado a interesses nem sempre da coletividade, fez com que o Brasil deixasse de lado este transporte, que inclusive é excelente para transportar mercadorias.

No início do século XX houve grande expansão ferroviária, as cidades foram aparecendo e crescendo no entorno das estações ferroviárias. Mas com o abandono paulatino deste meio de transporte as cidades se esvaziaram e grande parte delas hoje são cidadezinhas com lembrança histórica e saudosa de suas ferrovias.

O trem de alta velocidade traz novamente a discussão à baila. Diante de tanto congestionamento de veículos nas cidades grandes, de tantas mortes no trânsito, de tanta poluição produzida pelos veículos automotores, será que o transporte ferroviário não poderia novamente ressurgir?

É preciso dizer que o Brasil, ainda, possui a maior rede ferroviária da America Latina, que ainda há escoamento de algumas mercadorias como é o caso do minério de carvão. Por outro lado, a utilização dos trens, comparado com o potencial que nossa geografia permite, é pífia. Acredito que uma boa vontade política poderá colocar o assunto na ordem do dia.

Quiçá, o trem de alta velocidade, agora na mesa do maior Administrador Público do país, que é o presidente da República, não suscite novos debates sobre o tema. É ano de eleição, que tal perguntar aos candidatos se eles possuem alguma proposta para melhorar o transporte utilizando as velhas e boas ferrovias?





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