segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Depois de mil anos


Abrem-se as portas, a entrada está franqueada,
Nada há de tão belo, o povo está mudo,
Há lágrimas nos olhos de todos que estão ali,
Calados, tímidos, eles esperam alguém tomar a iniciativa,
Eis que um vento vem mansamente e os beija o rosto,
A sensação de bem-estar é indescritível,
O silêncio não pesa tudo está perfeito,
A prece não é entoada, mas as expressões rogam por misericórdia,
A humanidade, sem exceção, de repente caí de joelhos,
O antigo e o novo estão juntos,
O mundo, que outrora era pequeno para tantas pessoas agora é gigantesco,
O passado e o futuro estão confundidos,
Os pais, filhos e netos se perfilam sem se reconhecerem,
De repente a luz há tanto tempo perdida e restabelecida com a abertura das portas,
Novamente se esvaí,
O céu volta a ficar negro,
Mas desta vez não há desespero, angústia ou perda de direção,
Há calmaria, aceitação e esperança,
A corrente de ar aumenta e o assobio tão conhecido do vento traz entendimento,
Enfim, as promessas serão cumpridas,
O tempo chegou e os sinais indicam que o Juízo Final irá começar.

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