sábado, 13 de novembro de 2010

Um mundo de possibilidades


E se o silêncio fosse sempre um preparo para uma frase importante que seria em seguida proferida?

E se a angústia só trancasse o peito por segurança e por um breve espaço de tempo, sem danos psicológicos, mas para fortalecer um pensamento, sedimentar um entendimento e indicar um caminho mais viável a ser seguido?

E se a euforia estivesse sempre presente em dose certa, a fim de que não chegasse a perturbar os vizinhos, a família e a namorada?

E se a amizade começasse fraca, tornasse forte e permanecesse assim para sempre, em vez de começar forte, ficar aos poucos fraca e no final terminar sem um mínimo de respeito?

E se dissessem a verdade sobre o casamento? E se as pessoas admitissem que são muito menos parecidas com a imagem que fazem de si mesmas? Que são egoístas em vez de serem altruístas!

E se os ocupantes de cargos públicos zelassem pelo interesse público, sem fazer confusão com seu patrimônio particular, muito menos misturar amizade com fidelidade canina?

E se antes de pagar as contas do mês cada trabalhador pagasse a si próprio, desejasse melhor sorte no próximo mês, fizesse sugestões de melhora, críticas e elogios?

E se as pessoas parassem de perguntar que país é esse para questionarem que tipo de ser humano elas foram, são e ainda serão?

E se as homenagens fossem em menor quantidade, mas as que existissem fossem realmente norteadas pela vontade simples de homenagear não de ser hipócrita e criar laços obrigacionais de gratidão?

E se todos fossem mais rápidos em ser solidários do que verdugos de plantão? Do que algozes de alguém que nada lhe fez ou carrasco cumpridor do seu próprio desejo de machucar quem nem sequer levantou a mão para protestar?

E se todos que pudessem dormir o quanto precisam deixassem de ser confundidos com pessoas sem ocupação, sem vontade e com pesos mortos na sociedade?

E se em vez do marido reclamar da sujeira do chão da cozinha olhasse para o seu próprio sapato que está cheio de barro e deixando um rastro marrom pelo caminho em que ele está passando?

E se você deixasse o seu irmão escutar a música dele sem criar rótulos para ele que você também não gostaria de ter? Por que você não vai cuidar da sua vida e o deixa em paz escutando o que para ele é bom?

E se a sua grande implicância fosse à causa do teu insucesso na vida? E se você aceitasse que todo acerto depende apenas de ti? Que o mundo em sua volta é reflexo das suas atitudes?

E se a sua mente fosse um pouco mais iluminada e como passe de mágica seus sentidos ficassem mais atentos e você se desse conta de que será de fato respeitado quando respeitar o seu próximo?

E se você fosse mais otimista, uma pessoa com religiosidade (não só religião), com mais empatia, com menos pressa de julgar, mais confiável e honesto?

Há um mundo de possibilidades, tantas hipóteses a serem testadas que só resta mais uma indagação: que tal tentar?

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