quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A menininha e o pote de ouro


A menininha tinha seus três anos quando lhe mostraram um arco-íris e lhe explicaram que no final daquele arco-da-chuva ficava um pote de ouro guardado por gnomos.

Os olhinhos espertos, o farto cabelo castanho e a pele branquinha davam a menininha um aspecto de boneca de porcelana. Todos a amavam e ela amava a todos.

Na sua mente infantil a curiosidade sobre o pote de ouro tomava o tempo precioso dos seus sonhos. Ela se imagina junto aos gnomos olhando para o pote de ouro e até mesmo conseguia enxergar as cores do arco-íris indo se acomodar no fundo do pote de ouro.

O tempo passou, a menininha por mais que tentasse encontrar o pote de ouro não conseguia e muitas vezes chorou copiosamente por isso. Logo ela completou quatro anos.

Os pais da menininha percebendo a ideia fixa da filha sobre o pote de ouro resolveram intervir e no aniversário de cinco anos da pequena contrataram artistas, anões de um circo, cinco no total, que se vestiram de gnomos.

A menina quando viu os anões fantasiados de gnomos em sua própria festa pulou de alegria e foi logo perguntando pelo pote de ouro.

Os habilidosos artistas explicaram para a menininha que o pote de ouro não podia ser visto pelos humanos, pois caso vissem ficariam cegos na hora, pelo intenso brilho que de dentro dele saía. Mas, que eles vieram brincar com ela naquele dia e contar tudo sobre o pote de ouro.

As horas daquele aniversário passaram rápido. A menininha brincou muito com os anões e questionou tanto, que adormeceu antes dos artistas irem embora.

Daquele dia em diante ela deixou de procurar o pote de ouro, pois sabia que ela jamais poderia vê-lo de perto.

A preocupação dos pais da menininha foi embora. Nos dias de chuva, quando o arco-íris aparecia a menininha olhava para o espetáculo mágico das cores, sorria e continuava a brincar com qualquer coisa que estivesse brincando, totalmente perdida no seu mundo imaginário.

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