quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A conversa entre pescador e mar



Introdução

O pescador acabara de arrumar seus apetrechos. Empurrou o barco para o mar. Após remar um pouco ele e o seu companheiro deslizaram silenciosamente para as águas conhecidas.

Depois de meia hora, a praia já estava distante. O pescador acendeu um cigarro e deu uma longa tragada, segurou o ar e depois expeliu lentamente, lançando uma fumaça em forma de caracol.

Na casa dos cinqüenta anos o pescador era de poucas palavras, mas de grande inquietação mental. A sua vida era solitária, nem esposa ou filho o esperava em sua humilde casa. Tinha uma namorada, que sempre era carinhosa, mesmo ele sendo rude. Ela merecia alguém melhor.

Naquela manhã o pescador estava em paz, sentia uma profunda admiração pelo universo. O sol que tocava a sua pele já muito bronzeada, estava forte, por isso ele resolveu se abrigar na parte coberta do barco, que era um improviso, feito com plástico e dois paus fixados, cada qual, em um lado da pequena embarcação.

O experiente homem decidiu, então conversar com o mar, decidiu ouvi-lo, embora as respostas eram suas próprias conclusões, ecoavam dentro da sua cabeça, uma após a outra de acordo com suas indagações.

O homem perguntou para o mar: Por que eu nasci?

E o mar respondeu:



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