sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A conversa entre pescador e mar




E o mar respondeu:

A vida é: sorte grande, diversão, pensamento complexo em tese simples, profundidade no raso, amplidão de sentimentos, maximização do carinho, toque sereno da espiritualidade, intensa adaptação, constante parábola, um vôo sem asas, aquisição, administração, docilidade, acerto, erro, gratidão e também morte.



Prosseguiu o mar: a vida é tudo o que há tudo o que houve e tudo o que haverá. A morte é vida, pois será o que haverá no depois do após. Morte é pausa. É reflexão. Tem sua finalidade, mas não empolga. É risco demasiado. Foge do simples e abraça o comum. Mistério besta, que não se desvela que apenas se discute em momentos de profunda introspecção.



O pescador novamente calado pensava naquele pensamento muito elaborado ou simplesmente esquizofrênico.



O mar ainda disse: não se sabe porquê se nasce, pois também nunca terás certeza do porquê morrerá. A vida e a morte são fogos da mesma causa. Ambas se vão sem terem vindo ou aparecem sem terem sido projetadas.


Os seus medos, desejos e indagações beiram a loucura de um padrão desgastado, deves apenas olhar ao longe e desejar lá estar.



O pescador achou interessante as palavras do mar. Porém, perguntou: Mar você é feliz?



E o mar respondeu:

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