terça-feira, 13 de novembro de 2012

Onde está a paz?




A paz está na aceitação de que a obra nunca estará pronta. Que mais uma ansiedade precisa ser contornada, compreendida e dissipada. A única maneira de entender o frívolo é enaltecer o nobre e escolher o certo. Porém, lembre-se, que o supérfluo, o correto e o imprescindível são frutos do seu pobre julgamento.

Bater no peito e passar a receita do infalível é vaidade infantil. Esbravejar sobre o erro alheio é perda de oportunidade. Construir é verbo de grupo. Individualidade só deve existir no canto da alma, que se encontra ligada ao eterno pela candeia de prata. No mais, tudo é coletivo.

Um beijo trocado, o coração aos pulos e o amor está no ar. Enganos da infância, da juventude, da melhor idade e dos sentimentos. Choros convulsivos. Lágrimas que ousam rolar na frente de quem não deve esta cena presenciar. Um mundo de percepções e a realidade se colore da maneira que melhor nos aprouver.

Saudades de pessoas, coisas, fatos e possibilidades que existiram e que sempre existirão. Filosofia barata ou robusta. Frases feitas, copiadas, compartilhadas ou psicografadas. Dores ou alegrias. Satisfação e busca da paz imperturbável.

A vitória sempre está a um passo do local da desistência. A casa da gratidão é a morada do nada precisar, do nada querer, do nada questionar de maneira isenta, do nada pensar, do nada complicar. A residência oficial da solidariedade é altruísmo constante e desapegado. É o desprendimento dos porquês que faz nascer a melodia da perfeição, que acompanha a serenidade do coração.

O amor une e a dor repele. Palavras não são sentidas sem que haja algo que fale diretamente ao coração. É preciso encontrar a caverna da sabedoria. A imaterialidade dos sentimentos complica a interpretação das manifestações de apreço, de acolhimento e de bem querer.

No alvorecer sempre a esperança baila, torcendo pelo ocaso da preguiça, do rancor, da ira e do complexo de vítima, que afasta a bondade. O espelho da vida é a morte, pois é isso que ela indica a cada dia. Mas, olhar para o espelho representa apenas um instante de lucidez.
As feições impregnam nossas visões. O cheiro nos agrada, nos enlouquece ou apenas causa asco. Os aplausos, os mimos, o perdão e a inteligência fazem milagres todos os dias. Os vícios existem desde que nascemos e com eles iremos embora.

As dúvidas, os temores, a finitude, a pequenez humana e a capacidade de pensar sempre vão indagar mais uma vez, onde está a paz? Eu responderia, onde você olhar com os olhos da aceitação, pois na adaptação está a beleza do amanhã, que nasce com a benção do nosso Criador. 

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