quarta-feira, 25 de junho de 2014

De dentro para fora

A grande responsabilidade de uma existência é conseguir ter paz, aceitar os acontecimentos e às condições que a vida apresenta, sejam elas boas ou ruins. A partir desta aceitação tudo se torna compreensível e mais fácil de se enfrentar. É preciso refletir sobre os paradigmas, arrostar a rotina, combater a ansiedade, dominar o medo e compreender a solidão, a fim de afastar a escuridão e o tumulto dos pensamentos.

O mundo é impregnado de rotina, que segundo a sabedoria popular enferruja a alma. Fugir do normal e do ordinário faz o mundo parecer assustador, pois o novo sempre traz insegurança. Entretanto, o interessante é que o próprio corpo se renova a cada dia e dentro do ser humano, a cada segundo, muitas células morrem e outras novas surgem. No organismo não há rotina. Estima-se que a cada sete anos o homem e a mulher têm um corpo novo, apenas os neurônios não são renovados. Então, se o nosso próprio corpo não tem uma rotina, porque a vida deveria ter?

Outro fator que afasta o homem da paz é a ansiedade, que é considerada como algo natural. É corriqueiro ouvir que todo ser humano tem ansiedade. Mas, esta realidade pode ser alterada. A ansiedade enerva o espírito. Todo ansioso está longe de onde o seu corpo se encontra. O ansioso não presta atenção na vida. Imagine, que a cada segundo sete mil e quinhentas pessoas morrem no mundo. Pense que desde que você começou a ler este texto cerca de trezentas mil pessoas já morreram. Devemos então aproveitar o próximo segundo e ficar exultante onde quer que estejamos, pois muitas pessoas não tiveram este próximo segundo e um dia nós mesmos não o teremos.

O medo também deve ser dominado, adestrado e devidamente colocado sobre os trilhos da fé. É preciso crer no bem e não se preocupar com coisas que podem nunca acontecer. Caso ocorra o pior, que é a morte, pois ela encerra a oportunidade da existência, estará tudo bem, uma vez que a morte faz parte do currículo da vida. O que nos mantém vivos e felizes é a aceitação do que já ocorreu e a certeza de que só podemos mudar o hoje. O medo não deve aprisionar, deve ser relegado a um plano de menor importância, deve ficar esquecido. O equilíbrio interno, a compaixão e Deus afastam o medo e trazem serenidade.

É necessário também dizer adeus a solidão. Ela deve ser combatida, por meio da solidariedade. O vazio que se instala na alma das pessoas faz com que elas se sintam solitárias e com isso se abre a porta da depressão, o mal do século, que conduz muitos a atos de loucura, como o suicídio. A solidão deve ser espantada, pois o homem e a mulher que possuem auto-estima elevada são mais saudáveis e menos propícios a terem problemas psíquicos. As pessoas cercadas de amigos são mais gratas e produtivas.

Para que a paz seja a sua companheira, a rotina, a ansiedade, o medo e a solidão devem ser compreendidos e abandonados. O primeiro passo para a paz depende da reflexão do homem e da mulher neste sentido, sobre a sua responsabilidade de manter a mente e o espírito em harmonia, a fim de que haja clareza no raciocínio.


Enfim, em dias de tantas palavras de amor é preciso amar. É necessário que de dentro para fora, do coração para a mente e da vida terrena para a vida eterna, as coisas façam de fato sentido e não seja apenas um padrão de comportamento pré-estabelecido. Tenha paz. Seja feliz. 

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