quarta-feira, 30 de setembro de 2009

OLHOS


Brilham de felicidade, de tristeza, de espanto, de indiferença e de saudades.

Choram e demonstram toda dor que vem do mais recôndito âmago da alma.

Encantam, ensinam, poetizam, sinalizam, convidam, seduzem e infelizmente nos traem, quando dizem “mudamente” coisas que nossas bocas não ousariam pronunciar.

Limitam, perscrutam, invadem nossa privacidade, delatam a futilidade e a paixão.

Narram os sentimentos.

Ficam injetados de sangue e saltam as suas órbitas quando enraivecidos.

Os da Capitu, que eram de ressaca, enlouqueceram Bentinho e colocaram dúvidas em seu coração.

Os dos santos são bondosos, resignados e abnegados, comovem.

Os do Papa João Paulo II nos tranquilizavam e provocavam sentimentos nobres como a compaixão, ainda que não fóssemos católicos e não reconhecece sua autoridade.

Ah! Os das nossas mães....

Os dos nossos avós, pais e irmãos nos aprovam ou desaprovam.

Guardam imagens que as mais potentes câmeras não conseguem registrar.

São insondáveis, ainda mais quando repousam em outros olhos e produzem o famoso olhos nos olhos.

Enfim, são enigmáticos, encantadores e uma ferramenta divina.

Refletem a perfeição da obra de Deus.


2 comentários:

  1. São sim os olhos a janela da alma ,que refletem sem pudor o nosso intenso e imenso interior ..como citou acima, apenas pelo olhar"José Dias" consegue descrever Capitu com seus ' olhos de cigana oblíqua e dissimulada'...
    Quantas vezes olhamos e não queremor ´ver´..quantas vezes nos olham e fazem não enchergar...
    Ah o olhar!..quem tão pouco sabe reconhecer um olhar, quem dirá uma longa eplicação"!!!
    =)

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  2. lindissimo! vou seguir tbm,adorei o blog!!!

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Obrigado. Fica com Deus.